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15
out
2007

Verde, azul e transparente

Blog Action Day

Hoje é dia de Blog Action Day. Como combinado, vou escrever um artigo para o Nossa Opinião. Há um outro lá no Faça a Sua Parte. E milhares de outros à solta pela rede. A tag “blog action day” vai bombar no Technorati.

Falar de meio ambiente ou ecologia é algo “fácil”. Há muitos focos: aquecimento global, defesa animal, lixo, carbono… Depois que o bicho homem se tornou todo-poderoso, não há limites para o estrago que promove. Pior: é um verdadeiro descaso com o presente e o futuro. O “conforto” do jeito que está colocado por aí custa demais ao meio ambiente: muita energia elétrica, muito lixo, muita grana para manter.

Para completar, vem a questão econômica. Etanol dá dinheiro? Derrubem o “mato” e plantem cana. Celulose dá dinheiro? Plantem-se eucaliptos. A cotação da soja é boa? E lá vem soja… E é difícil entender a lógica ambiental de que a riqueza vem da diversidade. Quanto mais diverso e complexo o lugar, mais saúde. Como harmonizar, colaborar, cooperar. Mais: como seguir ganhando dinheiro – que, sim, é importante – e manter a diversidade?

Quando senti na pele e nos pulmões, esta semana, o clima desértico que se apossou de São Paulo (já não bastava a carapaça de fuligem?) me dei conta da pouca chuva, da estiagem, da concentração. Ano passado a Amazônia secou. Fotos impressionantes circularam e nada mudou. Este ano, metade dos parques brasileiros queimou. Fruto da estiagem, da temporada de queimadas. Quem vive nas cidades não se deu conta. Quem mora no campo acredita que é acaso. Será?

Aqui na cidade cinza e desértica, as fontes de água, sempre pressionadas pelo bicho homem, vão secando. Enquanto isso, mais asfalto, mais ruas, mais gente a jogar nos rios esgoto, lixo, pneus, menos árvores … onde esta ciranda vai parar? Uma revista feminina fez, na edição deste mês, elegias à força dos ipês paulistanos. Mas a redação fica em Pinheiros e acho que eles não sabem que no Capão Redondo não tem ipê… Nem no Jardim Ângela.

Ecologia também tem a ver com cooperação, com qualidade de vida bacana – para todos, de preferência. E quer dizer compaixão. Saber que bicho (mesmo que seja de estimação) não é brinquedo e merece respeito. Levar ao veterinário, vacinar, dar abrigo, comida e água é o mínimo. Saber que pitbull é um cachorro bacana – e não é pra “guardar casa” e nem pra atacar, que precisa de exercício (muito), educação e carinho. Aliás, em vez de “comprar” um bicho, adotar. Em vez de “criar”, castrar (e evitar as dores de cabeça dos hormônios ao natural).

Aqui em São Paulo já existe coleta seletiva. Mas não há creche, faltam lixeiras pela rua (seria bom, inclusive, que permitissem separar o reciclável, não?) e a saúde pública é um caos. De todo jeito, sempre dá para mudar uma ou duas coisinhas no dia-a-dia para colaborar “com a causa”.

Ações que adotei:

  • Separar o lixo reciclável + reduzir o consumo de embalagens não recicláveis/reaproveitáveis.
  • Lâmpadas econômicas na casa toda
  • Reduzi o uso absovente externo. Como as fraldas descartáveis, eles não são recicláveis.  Os internos são de puro algodão.
  • Uso aquecimento a gás para o banho
  • “Salvei” três gatos da morte certa no Centro de Controle de Zoonoses. São lindos, carinhosos e fidelíssimos.
  • O jornal, as revistas e as latas de alumínio são “doados” à zeladora, que ganha um trocado vendendo para a reciclagem.
  • Evito PET. Não é reciclado, acaba no rio. Já vi o Pinheiros coberto de garrafas verdes. As latinhas, por outro lado, sempre terminam com catadores.
  • Quando compro cosméticos e produtos de beleza, me certifico de que não foram testados em animais.
  • Prefiro produtos que têm refil.
  • Evito produtos que não são biodegradáveis.
  • Levo minha própria sacola ao supermercado.
  • Fecho a torneira para escovar os dentes. Banhos são “curtos” (não tanto quanto deveriam, confesso).  Ensinei a faxineira a lavar a cozinha com a água da máquina de lavar louça. Lavo a louça com a torneira fechada – e ainda vou aprender a lavar na bacia…
  • Prefiro móveis em madeira reciclada.
  • Alimentos orgânicos (não usam agrotóxico, que mais que detonar a saúde da gente, detona o entorno da plantação).
  • Pilhas e baterias vão para lojas que as recolhem. Apesar da pilha comum estar liberada no lixo, não coloco lá. Sempre que dá, escolho usar as recarregáveis.
  • Aviso a prefeitura sobre bueiros entupidos.
  • Ainda não consegui resolver a questão de como reciclar equipamentos. Tenho um teclado defeituoso, uma impressora “morta”, quase uma centena de disquetes (:D) e um tanto de CDs que ainda não encontraram um destino bacana.
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